Algumas tradições familiares o tempo não consegue apagar. Em uma família norte americada, o amor está materializado em forma de vestido – um belo vestido de noiva!
Ao ficar noiva de seu namorado Jason Curtis, a americana Abigail Kingston não pensou duas vezes na escolha do vestido para o grande dia: seria o vestido de noiva da sua família. A tradição passada por varias gerações já dura mais de 120 anos e ela foi a 11ª noiva a subir ao altar com o mesmo vestido!
“Quando era criança, enquanto tocava piano na casa dos meus pais, tinha uma foto emoldurada com as seis primeiras noivas a usar o vestido, então eu pensava: um dia serei eu!”, disse Abby. Ao ficar noiva, ela avisou sua mãe que gostaria de continuar a tradição familiar e utilizar o mesmo vestido que seus familiares. A mãe achou a ideia fantastica, pois ela própria casou-se com ele.
A tradição começou com a tataravó de Abby, Mary Lowry Warren, que se casou em 1895. Porém, demorou cerca de 50 anos para a tradição começar de fato, pois as filhas de Mary não tiveram interesse em utilizar a peça. A tradição começou mesmo em 1946 com suas netas. “Minha tataravó provavelmente imaginou ele sendo usado por sua bisneta, mas nunca por sua tataraneta. Ele deveria ter sido usado por no máxmo três vezes e ela nunca deve ter imagino ele sendo usado por 11 noivas”, conta Abigail em relação a primeira dona do modelo.
O vestido não estava com Abby, mas sim na casa de sua tia avó, pois como manda a tradição da família, a mãe da ultima noiva a utiliza-lo deve o guardar. Mas ao vê-lo, o sentimento de emoção deu lugar a tristeza pois devido a ação do tempo e dos diversos ajustes, para vestir tantas noivas de diferentes tamanhos, agiu sobre o vestido que estava bastante danificado. A peça, em estilo vitoriano, estava amarelada e desgastada e as mangas bufantes estavam praticamente destruídas . Além de ter ficado guardado por 24 anos, o vestido de noiva foi lavado apenas uma vez em toda a sua existência.
Abby e sua mãe concordaram que deveriam restaurar o vestido para sua forma original e procuraram a estilista Deborah LoPresti para o trabalho. No total, foram 200 horas para restaura-lo. O vestido conseguiu ser clareado para uma cor champagne, as mangas foram refeitas, a silhueta ajustada à nova noiva e ainda foi preciso uma viagem a Nova York para achar o mesmo tecido para o restauro.
Todo o trabalho valeu a pena. Quando Abigail o vestiu pela primeira vez após os reparos, seu pensamento foi: “Me sinto como a Cinderella!”. Abigail, que também usou o cordão da avó e o anel de sua bisavó, completa: “Espero que ele possa ser preservado e mantenha-se em perfeito estado. Vou amar que a tradição continue, talvez com minha própria filha um dia”.
Agora, espia só a evolução do vestido ao longo de tantos casamentos:










